Atendimento
São muitos os motivos que levam alguém a procurar os serviços de um psicoterapeuta sexual. Abaixo você pode compreender um pouco melhor algumas das queixas mais comuns:
A Terapia Sexual e as Questões de Identidade de Gênero / Orientação Sexual
Ainda hoje existe muito preconceito quando o assunto é identidade de gênero ou orientação sexual. A identidade de gênero de uma pessoa está diretamente relacionada com a forma como ela se percebe dentro dos papeis de gênero (masculino, feminino ou não binário). Por sua vez, a orientação sexual está relacionada ao direcionamento do desejo da pessoa, ou seja, por quem ela sente atração (homens, mulheres, ambos, transgêneros, ninguém).
Discutindo o Relacionamento na Terapia Sexual
Qual o significado de se relacionar afetivamente com alguém nos dias de hoje? Que valores estão associados a um relacionamento afetivo? Qual o lugar da cumplicidade, intimidade, fidelidade e companheirismo, por exemplo, nos relacionamentos afetivos?
Em tempos de liberdade sexual, os relacionamentos afetivos ganham novas dimensões. A grande questão, porém, é como cada pessoa lida com esta liberdade e ainda qual o seu entendimento sobre o que é e quais valores estão agregados aos vínculos afetivos que estabelecemos com outras pessoas.
Diante disto, não é difícil imaginar a dificuldade que muitas pessoas encontram, seja para estabelecer vínculos afetivos, divergência de expectativas, ciúme ou qualquer outro motivo.
O que se observa é que, atualmente, os relacionamentos afetivos merecem uma atenção especial e cabe ao psicoterapeuta sexual auxiliar qualquer pessoa que o procure com alguma dificuldade neste assunto.
A Terapia Sexual e as Disfunções Sexuais
O termo disfunção sexual é usado para qualquer evento que interfira no bom desempenho sexual de pelo menos um dos parceiros.
Os exemplos mais comuns de disfunções sexuais são:
– Anorgasmia (ausência de orgasmo)
– Disfunção erétil (impotência)
– Ejaculação rápida ou precoce
– Inibição do desejo sexual
O casal em que um dos parceiros encontra alguma dificuldade neste sentido deve estar ciente que o trabalho de terapia sexual apresenta melhores resultados quando há um envolvimento de ambos no trabalho psicoterapêutico, mesmo que a terapia seja apenas individual.
Outras disfunções sexuais menos frequentes e passíveis de tratamento:
– Ejaculação retardada
– Compulsão sexual
– Dispareunia
– Vaginismo
O Normal e o Patológico em Terapia Sexual
Muitos pacientes sofrem quando se deparam com estímulos extremamente prazerosos, mas que fogem daquilo que é estabelecido socialmente como normal. E os questionamentos sobre o que é normal ou patológico também são muitos comuns, mesmo em casos mais amenos. Deve-se ressaltar a sensação de estranheza que aflige muitos pacientes, dificultando o acesso a um profissional especializado por medo de algum julgamento moral ou de qualquer outra ordem.
Os casos mais extremos são os que envolvem pedofilia (atração por crianças) e necrofilia (atração por cadáveres) por serem socialmente condenáveis e infringirem leis.
Seria difícil estabelecer classificações a este respeito, mesmo porque a linha que divide o normal do patológico pode ser muito tênue, dependendo do caso. Os homossexuais, por exemplo, ainda sofrem muito preconceito mesmo após a homossexualidade ser retirada da lista de doenças pela OMS (Organização Mundial da Saúde), CFM (Conselho Federal de Medicina) e CFP (Conselho Federal de Psicologia).
A partir disso, poderíamos pensar em outros casos, a exemplo dos fetiches e parafilias. Mas o mais importante é saber quando buscar ajuda: sempre que a pessoa ou sua parceria afetiva/sexual sentirem-se desconfortáveis com algum hábito ou comportamento sexual. A única exceção seriam os casos extremos, como os citados acima.